Ter um pensamento de vingança e realizá-lo,
significa apanhar um forte acesso de febre,
mas que passa; ter, porém, um pensamento de vingança,
sem força nem coragem para o realizar,
significa trazer consigo um padecimento crónico,
um envenenamento do corpo e da alma.
A moral, que só olha para as intenções,
avalia de igual maneira ambos os casos;
em geral, considera-se o primeiro caso como pior
(por causa das más consequências que o acto de vingança talvez traga consigo).
Ambas as avaliações são de vistas curtas.
Os indivíduos que assim procedem,
levados pelo sentimento desequilibrado e doentio da vingança,
estarão sempre sujeitos a convulsões epilépticas, ou mesmo a simples ausências,
tornando-se personalidades psicopatas perigosas,
traiçoeiras, que sabem simular muito bem os sentimentos íntimos e
planos macabros sob o açodar da psique ambivalente,
doentío, e com predomínio da faceta mórbida.
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